quinta-feira, dezembro 17

- 3 poemas, 2 músicas


- Tormento
Porque ando tão triste,
Com o que não existe?
Porque ando estressado,
Com os que estão ao meu lado?
Porque as coisas estão acontecendo
De forma tão sem sentido?
Com aquele ritmo lento
Como se me renegasse momentos contigo?
Porque me pergunto tanto,
Sobre coisas que não saberei a resposta?
Porque fico perdido em um canto,
Renegando o agora?
Alguém me explica, por favor,
O que é isso novamente?
Que me causa tanto furor
Mas que me atormenta a mente.




- Conflito
Ando em conflito
Ninguém ouviria meu grito
Pedindo ajuda
Meu peito se inunda de ti
Me afogo em sonhos
Me acordo com rolos
As mãos tremem,
Meus olhos brilham
Tuas imagens gemem
Nossos corpos se agitam
E acordo de um salto
Olho pro lado
E vejo outra ao meu lado



- As páginas de um livro
O gosto do cigarro
Aquele dia nublado
Meu coração partido
Perdi os sentidos
Um momento acordado
E três apagado
Tento esquecer
Do que quero ter



As páginas de um livro
Amassadas sob as estrelas
Enquanto tiro teu vestido
Escolho a mais bela



Perdida no espaço
Há muito esquecida
A estrela (de)cadente
Há muito, muito perdida



Coloquei teu nome
Todos dados de informação
Na estrela com fome
Da nossa paixão









Faço o post com duas músicas que venho escutando direto! *-*



domingo, novembro 15

- Diferenças e casamentos


Hoje estou fazendo uma coisa que havia algum tempo que não fazia, refletir sobre os outros, sobre mim, sobre as coisas, etc. Nem mesmo quando escrevo um poema eu chego a pensar, digamos, “na vida” (não necessária e exclusivamente na minha) social, que tipo de imagem eu passo aos outros, assim como que imagem os outros me passam.

Ontem, fui a um casamento, todo “chic”, com tooodas aquelas idiotices de apresentação de slides com fotos constrangedoras, com os mais de UM garfo e UMA faca que, sinceramente, a maior parte das pessoas não entendem qual os que precisam usar primeiro e porque, com os milhares de taças quando, muito bem poderia ter um copo (só para o uísque) e uma taça pro resto, não sou adepto à etiqueta, acho idiota o posicionamento dos talheres ‘querendo’ dizer, por códigos, o que você está fazendo. Mas, temos de posá-los ao lado do prato se estamos comendo, cruzá-los se terminamos, etc. A única utilidade que vejo nisso, é não passar vergonha diante das pessoas que sabem o que tem de fazer, sabem as regras de etiqueta.

Mas essas coisas não me irritam tanto quanto às pessoas que vão nesses tipos de festa, casamento é, essencialmente, como festa de quinze, a diferença, de acordo com minha namorada é que, no casamento, a mulher tem de dividir 10% de atenção com o noivo e, convenhamos, o homem acha essa porcentagem muita coisa, homem não sabe posar pra foto, ficar caminhando como idiota de mesa em mesa agradecer a presença. PORRA! Os caras que tão gastando rios de dinheiro e ainda são eles que tem de agradecer? Pô, que agradeçam os convidados pelo uísque doze anos (que, normalmente bebem os de 12 reais), pela comida, teoricamente, liberada já que sentimos aquela limitação em, de fato, matar a fome, pela festa, ai a festa, as de casamento são péssimas, acho que desde os anos 70, quando dancing queen, do Abba era hit, que eles tocam as mesmas insuportáveis músicas. Mas eu preciso, tenho a necessidade de falar sobre a minha relação com os convidados.

Tu chegas a uma casamento, de certa forma animado, por que não da pra lembrar qual o último que fomos e, com aquela promessa da comida, da bebida, da festa, etc. Quando chegamos, damo-nos conta que não conhecemos ninguém e, as que conhecemos, desejamos profundamente NÃO conhecer. Ontem nem foi tanto, eu conhecia UMA pessoa dentre as 5, 6 que tinham menos de 21 anos, era meu primo, é um cara legal, mas somos pessoas muito diferentes, muito mesmo, notava-se pelos trajes de cada um, ele estava impecável, o terno preto, o sapato, a gravata, o cabelo emplastado de gel e a barba feita, não tenho noção, na verdade se ele fez mesmo ou se ele não tem mesmo. Eu, contrastava ao lado dele, o tênis, a jeans(muito comportada até, mas ao lado dele parecia uma calça de abrigo) a CAMISETA que causava um impacto tremendo em quem via, mesmo sendo da Osklen, o paletó bem despojado e, por fim, os cabelos que teimam em se ajeitar, além dessa diferença notória, percebem-se outras coisas mais, enquanto eu aproveitava pra beber uísque, mesmo que, uma noite antes, eu havia tomado litros de álcool e ter dormido apensas 3 horas após uma das melhores festas que fui, ele tomava uma cóquinha, enquanto eu vou ao jogo do inter de inferior, no meio da popular, ele vai na social, ao invés de ser feliz.. não preciso terminar. Mas o ápice de nossas diferenças foi quando, enquanto conversávamos, eu perguntei que tipo de balada eles curtiam e tal e ele falou que gostava de dance e, ao rebater a pergunta, eu disse que eu curtia muito o Porão do Beco a cara que ele fez foi hilária, parecia um certo medo de que eu fosse um veado gigante que ia agarrar ele, como de fato tem alguns lá. A cara que ele fez, somada as das outras 3 pessoas que estavam comigo, inclusive a da minha namorada me fazem graça, muita graça. Nem me importo com isso. Adoro aquela coisa underground, dirty, abafada, caótica que é o beco, nem todo mundo gosta pensando que é um antro de gays e lésbicas, deixa eles então. E até sobre isso, percebe-se nossa última diferença marcante, em relação ao casamento, obviamente. Como eu fui bem cedo pra casa, não sei o que aconteceu no restante da ‘festa’, mas ele deve ter se divertido, ‘dançado’ bastante e hoje deve estar bastante cansado, perceba-se que é cansado que ele deve estar, não de ressaca. Não que eu admire ficar bêbado, tomar todas, etc.

 Mas eu tenho 19 anos, trabalho, estudo, escrevo, amo, coisas que precisamos ter certas responsabilidades sobre e, quando saio é, justamente, pra tentar aliviar as tensões que essas coisas todas causam, é o MEU jeito, lógico, pode ser questionado, claro, mas eu, desse jeito, sou um cara que me divirto, muito! Tenho os melhores amigos possíveis (aqui, queria fazer uma obs a dois deles que tão sempre comigo, talvez não fisicamente, mas no peito mesmo. A Clah e o Gabe, brigado haha) e eu, sinceramente, só iria curtir a tal festa de casamento, quando todas as luzes se apagassem, tocassem algo bem agitado e alto e quando o barulho de copos e cadeiras quebrando, começassem a ser escutados. Só diferenças.

quinta-feira, novembro 12

- Dois dos mais bonitos que escrevi


- Sobre as coisas

Esses dias pensei sobre todas as coisas relativas
Sobre as partículas de todos os sentimentos
Sobre garotas enjoativas
Sobre como as coisas se mexem ao vento
Sobre as flores coloridas
Sobre as cicatrizes do tempo
Sobre o dia ensolarado
Sobre meus sentimentos estranhos
Sobre os meses extraviados
Sobre teus olhos castanhos
Sobre o tempo que um dia perdi
Sobre as diferenças dos anos
Sobre aquele show que eu vi
Sobre minha mãe, suas louças e panos
Sobre meu pai e o trabalho
Sobre as ambições que tenho tido
Sobre as arvores, suas folhas e seus galhos
Sobre com quantos anos vou ter filhos
Sobre como escrever melhor
Sobre como viver melhor
Sobre como amar melhor
Na sombra da nuvem que sonha com a brisa
Que muda tanto quanto a vida.
__________


- Tentei Relevar

Percebi tudo que tentava relevar
Relevei aquilo que não dava pra lembrar
Lembrei de coisas sem hesitar
Hesitei quando tentei te amar.

Amei-te por todo o tempo que deu
Dei tudo que tu poderias querer
Quis te dar tudo que é meu
Meu Deus, porque tenho de viver?

Vivi os dias da melhor forma
Formei planos, esquemas e sonhos
Sonhei te pegar e fugir, ir embora;

E embora não consigas perceber
Percebi a fragilidade de tudo
E tudo acabará, o que fui e o que vou ser


terça-feira, outubro 27

- Ditadura

Te emprestarei minha vida
Para que faças o que queiras
E por pelo menos um dia
Possa dizer tuas asneiras

Mas não te darei rimas além dessas
Então me aproveite da maneira que entender
E fingirei gostar até que me dispessas
Não te negarei amor, sexo ou abraços.

Não tatuarei nossos nomes no braço
Mas jurararei ser teu essa semana
Ou até quando queiras, eu acho

Emponha-me sob tua ditadura
De romances clichês e baratos
E, simplesmente, beija-me na chuva

terça-feira, setembro 29

- àquela que ninguém tem ciúmes

Não importa quanto tempo passe
Uma semana ou ano sem te ver
Mesmo que tudo mudasse
Ainda assim, adoraria você

E mesmo que eu fosse viajar
Me lembraria lá de outro lugar
Daquelas duas semanas na praia
Que aproveitei demais

Mas preciso de pouco tempo contigo
Pra lembrar que não existe ninguém igual
A essa menina, mulher, vazada e genial
Pessoa que tu és

E mesmo não acreditando na parte
Do vazada, queria que soubesse
Por esse poema que, por mim, és muito amada

quinta-feira, setembro 24

- Faz o que tu quiser

Agora mesmo, tava falando com uma amiga minha que me venho essa inspiração de escrever sobre o tema: ‘Faz o que tu quiseres’. Porra, porque, quando uma pessoa diz isso, não significa EXATAMENTE isso? Eu mesmo admito, caso alguma vítima leia, fiz isso. Que merda, porque a gente tenta passar a impressão que ta tudo ok? Pô, se tu chega a falar algo do gênero pra uma pessoa, que normalmente seria tua amiga e tal, era de esperar que tu falasses a verdade não? Claro que não! Às vezes, pra não parecer egoísta ou infantil a gente fala esse tipinho de coisa, mas já ta subentendido que quando falamos isso, o significado oculto(nem tanto na real) é: NÃOFAZISSOFILHO(a)DAPUTA!

Então, quantas amizades a gente tem de perder por ser idiota? Ou mesmo que não perca, aquele estresse todo de discutir, de explicar: ‘pô, era pra tu ter entendido mané!’ , de pensar que aquela mina(ou cara, no caso de gurias, mina ou cara, dependendo da sexualidade, haha) ta com teu amigo(a) ou qualquer outra coisa. E isso, remete àquele post que eu fiz sobre hipocrisia, pra que dizer que ta tudo bem? Se não ta? (To com a impressão de estar escrevendo redação de colégio, que a gente fala sempre a mesma coisa sobre aquele tema chaaato, só enrolando :x). Mas é algo pra se refletir! Eu sei que eu devia ter falado ‘não’ mas o outro devia ter me entendido né! Né? Será?


Só pra finalizar, já que não tem muito mais o que dizer sobre, uma recomendação de quem vos escreve: Se um dia estiveres numa situação do gênero, fale a verdade. Ou se estiver do outro lado. Não faça nada. Nada mesmo! Nem perguntar “Sério?” vale, porque

terça-feira, setembro 22

- Amor de Pinheira

Escute meu bem
A noite já vem
Mas o mar não se vai
E nossa rede não cai

E naquele balanço penso
Fugir dos meus tormentos
E que na areia, nossos pés
Deixaram algumas marcas
Que a maré as fez sumir

Então não interessa
Já que essa paixão passou
E na areia farei novas pegadas
Com outro alguém, dando risada.

Mas o dia está por chegar
Deixando laranja o mar
E a lua vai se despedindo
E você se despindo

E tudo parece sorrir
O mar gargalhando feliz
E eu precisando me ir

Porque já está tarde
E amanhã, preciso levantar
Para o sol aproveitar
E no mar de pinheira morar


OBS: Esse poema, ta um pouco(na real, beeem) diferente do original, isso vai ser inútil para a maioria, já que poucos leram. Mas mais do que nada pra eu saber que não é original mesmo.

- Sonhar

Eu não vou mais me comportar
Não quer mais essas algemas
Vou me jogar das nuvens
Mais altas. E cair no mar.

E porque não vens junto pra cá?
Quem sabes deixa aí a chicará de chá?
Basta só ter um sonho pra começar
E fazer daquela vida teu quintal

E se em algum ponto ficares com medo
Fecha os olhos e lembra
Que voltaremos pra casa cedo

Mas se quiseres ficar um pouco mais
Não há problema algum
Na verdade, é só não acordar.

quarta-feira, setembro 9

- Lembranças

O sorriso que brilha
O beijo que arrepia
E as curvas do teu corpo
Me deixam absorto

E naquelas noites quentes
Cheias de amor e correntes
Que me relembram o passado
Quando passo ao teu lado

E aqueles arranhões
Que ficaram nas minhas costas
Deixaram meu coração
Servido em postas

E os chupões no teu pescoço
São para que lembres
Daquelas noites quentes
De quem, um dia, te amou

sexta-feira, setembro 4

- Tantas

Deus falhou com todos nós
Quando criou a mulher
Puramente objeto de desejo
Que faz o mundo andar de ré

Mas uma, dentre tantas e tantas
Me chamou a atenção
Me fez pensar em alianças
Me matando de paixão

Hoje está morta e nunca voltará
Para meus braços fechados
Sentado no sofá

Olhando pela janela
Uma mulher a caminhar
Esquecí a falecida mas não vou me apaixonar

Francisco Orosman

domingo, agosto 23

Questão de hipocrisia

Porra, e agora tem essa história de Pontal, vote sim, vote não. Enfim, eu estava no MSN há pouco e vejo inúmeras manifestações de pessoas contra o projeto e biriri, okay, confesso que não tenho muito conhecimento dos prós, dos contras, etc.. e olha que eu não sou nenhum alienado e tal. Um amigo que me falou que tem gente que pesca e tem um ecossistema todo girando em torno do lugar, e isso até me fez repensar meu voto, que seria sim! Sim, é verdade! Pô, vejamos de que forma o pontal faz efeito direto na nossa vida? Nenhum! Eu, pelo menos, não conheço ninguém que diga num domingo ensolarado: “Ah, vamos ali no pontal? Tem um monte de ferrugem! Da até pra pegar tétano com um pouco de sorte!”
Mas pensemos um pouco mais, eu não quero me ater somente ao sim e ao não da votação, mas sim a esse bando de gente pseudo-engajada politicamente. Essa gurizadinha que aprendeu na TV que ecologia ta na moda, preservar o meio ambiente é coisa de famoso mas que, sai da frente da TV e joga a bituca do cigarro no chão, ou a latinha no lixo orgânico. Mas isso é aquela coisa forçada de que agora todo mundo virou ecologista ativista do caralho, tipo na época do mensalão e do caixa dois, toooodo mundo falava mal, ficava puto com a situação, mas é hipocrisia ficar puto e falar mal de mensalão e caixa dois! Porque? Vocês devem imaginar porque! Mas eu explico mesmo assim. Quem, me diz quem nunca logrou o troco dos pais, ou que pegou um chocolatinho de um super, que seja. É o mesmo que roubar milhões. Aquilo que não é da gente, e mesmo assim pegamos. Consiste em roubo, não interessando a escala.
Mas enfim, quem sou eu pra criticar alguém? Eu ainda nem fui votar, talvez nem vote. Hipocrisia minha? Claro que sim. Mas pelo menos eu me preocupo com a hipocrisia de todos, que é pra dentro, é egoísta e não reconhecida. Pensem, depois ajam!


É melhor pensar e nada fazer, que fazer tudo errado e nos foder!

domingo, agosto 16

- Momento crítico musical

Um questionamento! Ultimamente tenho ouvido muito Chico Buarque, as letras cheias de significados ocultos são demais pô. Parece que estou falando uma super novidade, não! Não é! Mas, só pra ressaltar esse fato. Imaginem: ditadura pegando, repressão, a milicada em cima de todos artistas(ou de qualquer um que tivesse voz, não?). Como você faz uma música dizendo que “apesar de você”(no caso, os militares) a vida continua e etc? Então, não sei. Pergunte a Chico se tiver a oportunidade! Mas, enfim o questionamento. Poucos anos atrás, acho que dois, o Titãs fez uma música mega crítica aos políticos brasileiros, vejam bem, eu gosto muito de Titãs, mas qual o mérito de fazer uma música chamando todos de filhos da puta? Pô, é capaz de virar jingle de alguém, sei lá! Não sei se alguém irá concordar ou o que, mas caras como o Chico são a prova de evolução humana. Sim! Os europeus, ao invés dos índios, “evoluíram” mais devido, exclusivamente, das necessidades e adversidades do meio onde viviam. É exatamente a mesma coisa que acontece com Chico e Titãs, ambos fizeram críticas ao sistema político de suas épocas porém, ah porém, o meio cheio de adversidades contribuiu, digamos assim, para Chico ser genial, como ele, de fato é! Quanto aos Titãs, chega a ser deselegante e vulgar, ta, ok, é um desabafo, mas repito, QUAL O MÉRITO DE CHAMAR TODOS DE FILHO DA PUTA, em uma época em que qualquer um faz qualquer coisa, bota na internet e vira sucesso? Inclusive esse post. Enfim, agora o desabafo é meu! Ditadura pelo bem da arte! .O/ HAHA, não é pra tanto ;)

sexta-feira, agosto 14

- Pseudônimo

Francisco Orosman(1938-2002), um autor uruguaio mas que viveu mais de dois terços de sua vida no Brasil, está sendo descoberto como(de fato) um escritor somente agora. Nascido em agosto de 1938 em montevideo, veio para o Brasil com apenas 20 anos e, durante 6 viajando até chegar ao Rio de Janeiro. Teve como primeiro destino Pelotas, onde escreveu pouco e não se tem muito conhecimento do que fazia por lá, passando somente alguns meses. De lá, seguiu para Porto Alegre, cidade que permaneceu por quatro anos. Na capital gaúcha, conheceu o primeiro(de dois) amores de sua vida, uma mulher morena, da alta sociedade porto-alegrense. Por ela, largou sua vida bohemia de poeta, arranjou um emprego fixo em um banco e, quase casou com a moça não fosse a sorte levá-la poucas semanas antes do casório.
Depois da morte de sua amada, Orosman permaneceu mais seis meses em Porto Alegre e partiu para Santa Catarina, em uma praia de pescadores chamada Pinheira, encontrou seu primeiro momento de paz depois de tanto tempo e, não fosse um aperto em seu peito que lhe dizia para seguir rumo, teria vivido naquele lugar para sempre. Passou por Florianópolis depois, e seguiu pela capital do Paraná, Curitiba e de SP, São Paulo e, finalmente, conheceu seu segundo grande amor: o Rio.
O Rio despertou toda sua tristeza, todo seu descontentamento para com Deus, toda a sua saudade e, toda sua inspiração para a arte novamente, aquela cidade em pleno crescimento contra a natureza de praias, enceadas e morros fizeram Orosman voltar a escrever. Seus poemas, mais maduros agora, falavam da perda, da dor, do esquecimento, de(varias) mulheres que tentavam substituir aquela, um dia, perdida e, principalmente, questionava as decisões divinas.
Orosman, no Rio, viveu com personalidades como Vinicius de Morais e Chico Buarque mas, nunca teve interesse maior pela música se não ouvi-la. Também nunca quis nem publicou sequer um poema seu enquanto vivo, somento hoje, alguns anos depois de sua morte(janeiro de 2002), devido a um grave câncer de pulmão decorrente do fumo excessivo(fumava só tabaco puro que, mandava trazer toda semana do Uruguai junto com algumas orrillas). Dificilmente era visto sem um "fumito" na boca(ou atrás da orelha) e sem seu isqueiro zippo côr de chumbo. O fato de fumar era tão comum em sua vida que, em alguns manuscritos encontrados hoje, percebem-se algumas queimaduras nas folhas e sujeira deixada pelas cinzas.
Infelizmente, Francisco Orosman é um fantasma da literatura já que seus manuscritos estão sendo conhecidas somente agora(em conjunto com uma editora, estima-se que em 2010 será lançado um livro com parte de suas obras) e, mesmo cheios de significados, ironias e dores, são poemas muito acessíveis a qualquer tipo de pessoa. Vale a pena conhecer um pouco desse escritor Brasiguaio, como gostava de se chamar.

domingo, agosto 2

- Te acostumes

E agora que quero te escrever
E nenhuma palavra digna
Parece conseguir esclarecer
A diferença que tu fazes no meu dia

As nuvens se dissipam
O sol da as caras a brilhar
Os casais que se amam
Parecem amar ainda mais

E se o dia já fosse lindo
Deus desceria das nuvens, só
Para te ver indo passear

E eu morreria de ciúmes
Para poder dizer a ele:
"Ela é minha, te acostumes!"

- Boa noite

Já não sei mais como seria
Andar pelas ruas sem saber
Que tenho você à pensar em
Mim e em o que vamo fazer

O simples fato de ir dormir
É um tanto difícil, já que
Queria você perto daqui
Para dizer que amo você

Então como você não está aqui
Depois do sol a se pôr
Escreví um poema para dizer
Boa noite pequena, boa noite meu amor

sábado, agosto 1

Amigos

Não vou postar nenhum poema hoje, mas, queria deixar registrado neste post um agradecimento a todas as pessoas que fizeram a minha vida, nestes últimos meses, verdadeiramente melhor, incrivelmente divertida e incessantemente engraçada. Então, obrigado a vocês que fazem minha vida parecer uma inacabável festa.


p.s.: Eu sei que o título é 'Amigos' mas queria incluir nessa barca, minha pequena gigantesca paixão, já que ela faz os dias parecerem mais bonitos do que verdadeiramente são. Te amo Thy ♥

terça-feira, junho 30

- Folha Vazia

Ver uma folha vazia
Da vontade de poemar
Qualquer coisa da vida
Tentando, o amor, rimar

Seja sobre o que for
Se irá acontecer ou se já foi
Sobre todas coisas simples
Como o sol a se pôr

Pois quem escreve ama
Ou então, no mínimo, desama
E mesmo esse, ama escrever
Dos desamores de viver

E se algum dia vires
Uma folha vazia
Pinte-a com versos
E terás feito uma poesia

quinta-feira, junho 11

- Trip

O jovem garoto abriu os olhos e olhou para o relógio no pulso. Havia perdido o horário, acordou muito tarde, levantou-se com um pulo, correu para o banheiro e tomou o melhor e mais rápido banho de sua vida, voltou pro quarto e, meio molhado ainda vestiu a primeira calça e camiseta que viu no roupeiro, procurou um(algum, qualquer) par de meia pelo apartamento, o máximo que encontrou foram duas meias brancas de pares diferentes, não tinha tempo para se importar com isso, botou as meias e calçou os mesmos tênis que usava todos os dias e que amava tão futilmente, já que era fruto de seu primeiro salário. Pegou as chaves, a mochila, que estava 1/4 do seu próprio peso, passou reto pela cozinha, depois tomava um cafezinho ou talvez nem isso. Saiu do pequeno apartamento rezando para que o elevador estivesse ali, esperando no 4º andar. Doce ilusão. Estava no 5º e subindo.
Agora com um certo pânico, o rapaz saiu correndo rumo a saída de emergência, as escadas. Pulou cada lance por dentro daquele corredor branco e frio, nem prestava atenção para as janelas que mostravam as janelinhas do banheiro dos outros apartamentos, com xampus e condicionadores. Chegou no térreo, deu bom dia pro porteiro que até hoje se pergunta quem lhe havia cumprimentado, de tão rápido que saiu do prédio, quando pisou na rua viu uma cidade vazia, graças ao feriado, e num tom de cinza devido às nuvens da fraca chuva que caía sobre Porto Alegre, sem se importar com isso, atravessou a rua e foi no posto comprar um expresso, a atendente ficou assustada quando ele lhe pagou e não esperou os seus três(últimos) reais de troco, como conseguiria? Quando percebeu seu ônibus vindo, saiu em disparada, por duas quadras correu até o maldito parar, entrou antes mesmo dele parar, quando passou o cartão de passagens lembrou-se, que como era estudante, este só servia de segunda à sábado, agora havia entrado em uma frenética busca por moedas, pelos bolsos da frente, dos lados, o interno, todos compartimentos da carteira, conseguiu juntas 1,90, o cobrador comoveu-se vendo que o guri começava a se desesperar, e deixou-lhe passar pela roleta, agradecendo muito, foi para o fundo do ônibus que estava vazio, não conseguiu sentar de tanto nervosismo, alguns minutos depois, chegando na rodoviária, desce e sai novamente em disparada rumo ao Box 42... Passou pelas entradas, desviando-se de malas, pessoas, fiscais, tudo que se antepunha ao seu destino, e foi chegando perto, sempre correndo passou pelo Box39, Box 40, Box 41 e... 42. Onde estava o ônibus? Sua viagem tinha se ido por água abaixo, com a passagem abarrotada na mão, sentido tanta raiva do seu sono que chegou a espremer uma lágrima dos olhos, ficou parado, por alguns segundos, mirando a saída dos outros ônibus quando ouve:- Eaí meu!Vira-se surpreso. E fala:-Que!? Vocês também perderam o ônibus?Eram dois amigos seus que eram praticamente irmãos para ele. E, um deles responde:- Perdemos? Como assim? Ele só sai às 8:00!
- E que horas tu acha que é cara? – Pergunta em um tom irônico.
-7:30 – Fala o outro, olhando o relógio.
- Não pode ser, eu saí de casa às 7:30... – Quando foi conferir o relógio, quase caiu na gargalhada, ele havia parado, tinha estragado marcando 7:30.
Quando contou a história, os três riram juntos, era só embarcar no ônibus e sair rumo ao feriado tão aguardado. Mas o melhor, foi poder fumar um cigarrinho com seus amigos antes de ir viajar.

quarta-feira, maio 27

- Nenhuma Barreira

Quando se está apaixonado
Podemos fazer qualquer coisa
Para daquela pessoa incrível
poder, por alguns minutos, ficar ao lado.

Podemos passar a madrugada inteira
Combinando de no outro dia se ver
E no meio tempo entre, sair de casa, e te encontrar
Morreria de saudades até chegar.

Porque o amor e a paixão são sacanas
Nos prende, nos puxa, nos engana.
Nos faz virar, de um lado para outro da cama.

Mas nos faz sorrir fácil também
Mesmo que a pessoa não te queira
Queremos que ela seja feliz com alguém

Sem nenhuma barreira

terça-feira, maio 26

- Tão perto

O que aconteceu afinal?
Eu estava tão feliz e tal
Como que estraguei tudo?
Sem um sentimento profundo?

Não quero mais pensar
Não vou mais estragar
O que acho tão certo
O que, um dia, tive tão perto

Quero ocupar teu domingo
Quero te ver dormindo
Sentir teu cheiro quando ficar sozinho


Te pegar no colo quando ficares mal
Beijar teu nariz, falar que ta tudo legal
E poder dizer que, tu és minha, afinal

Para alguém que eu gosto muito ♥

sábado, maio 23

- O sol e a lua

Uma dia vou levantar e ver o sol nascer no mesmo lugar em que ele se pôs ontem na minha vida, vou sorrir ao ver o brilho de um novo dia se casar com a tristeza do dia que pouco-a-pouco se vai. E então, vou me perder para todos me encontrarem e, se você não me achar então, a lua vai surgir no meio da manhã de amanhã, o sol vai se pôr na metade da noite e tudo vai ficar com aquele alaranjado do entardecer que, um dia vimos em ipanema.
Mas eu sei que tu vais ser a primeira pessoa que vai me encontrar e, toda a organização do dia, vai voltar ao normal.

sábado, maio 2

- Noite, vinho, você

Perder algumas horas sozinho
É ganhar o silêncio que preciso
Pra tirar o gosto do vinho
Mas sentir o mundo girar sem aviso

As noites já não têm mais sentido
De demorarem tanto para acabar
Para se quebrarem menos garrafas de vidro
E termos um pouco mais de medo de amar

Mas as noites demoram sempre o mesmo
E eu perco os temores reais
Me fezendo te querer mais e mais

E se um dia a Lua sumir
Tudo será mais fácil de fazer
Mas vou sentir falta, da falta, de você

quinta-feira, abril 30

- duas coisas que escreví por acaso

- Mulher é, ao mesmo tempo, a personificação do diabólico e do puro num corpo lindo, com olhos e bocas provocativas, cabelos e sorrisos de ficar horas tentando desvendar. E é isso que as torna gostosas, esse tchã de indecifráveis.

- Um dia pensei que tudo era fácil, que tudo deveria ter alguma explicação e lógico, mesmo das coisas que não sabemos da onde vem. Mas, em outro dia qualquer, quando disse "eu te amo" para alguém, tentei saber o que significava aquilo e de onde viria. Não conseguí nenhuma explicação, não tinha nem uma vaga idéia. Mas eu acreditava com todas as forças naquelas palavras, sentia correr e pulsar em cada partícula do meu corpo. Eu tentei, tentei e não conseguí nada, mas como uma criança, que era eu, conseguiria? Hoje, alguns anos depois, tive que mudar todo aquele conceito de vida, justamente por aquele questionamento. Ou, talvez, Ainda sou a mesma criança que não sabe da onde o amor vêm mas que adora amar. ♥

quinta-feira, abril 9

- É mesmo

Mesmo quando tudo da errado
Ou quando nada da certo
Eu te levaria pro meu quarto
E tentaria chegar mais perto

Mesmo sem os abraços
Ou os beijos que não te dei
Me jogaria aos tropeços
Dizendo o quanto errei

Mesmo que você se importasse
Que eu não sei dançar
Mesmo que não me consolasse
Quando começasse a chorar

Mesmo que você queira distância
Mesmo que queira me matar
Pelas brincadeiras de criança
Eu ainda adoraria te amar

sexta-feira, março 27

Confusão!

As dúvidas enchem não minha cabeça
Mas meu peito e tudo que sinto
Minha boca diz coisas para que eu obedeça
E minha razão aos poucos vai se esvaindo

O que me parecia certo e promissor
Está cheio de respostas sem perguntas
E fico pensando em tudo que já passou
E tento ver algo mais claro que as duas juntas

Mas o problema maior não seria a escolha
Mas como esta poderia ser recebida
Pois nem mesmo eu saberia dizer qual será a saída

E então o que fazer agora tão confuso
Que com qualquer abraço parece o último?

sábado, março 14

- A Noite Sente Tua Falta Também

Não tenho tido tempo para fazer
Qualquer momento em silêncio especial
Tentando somente abraçar você
Sem falar qualquer coisa que seja normal

As noites passam com teu nome escrito
E não só eu, mas lua e estrelas sentem tua falta
Falta do amor que nenhum deus grego pode dar veredicto
Pois de tão homérica paixão, só a vêem como falsa

Mas isso cabe a nós dois percebermos
Como sorte imensa acabamos por ter
A qual não cabe aos olhos de quem a vê

Mas mesmo assim as que vêm tardam a ir
Sebten a mesma falta que eu por você
Mas o dia esta por vir, como a esperança que
Na próxima noite, eu possa te ver sorrir

domingo, março 8

- O amor na tevê

Hoje eu vejo que não posso viver
Hoje eu percebo que não vivo sem você
Até me espanto, tamanha a dor
De ver um romance na tevê

Não posso chorar, pois tudo está bem
Mas fico triste por saber que acontece
De nem sempre dar certo o amor
E torço para que talvez a dor
Aflija somente as personagens
De todas as imagens, que eu ví na tevê
Não aconteça com você

sexta-feira, janeiro 30

- Só você

Quando você dormir
Vou te aconchegar
Quando você sorrir
Vou começar a sonhar


Quando você chorar
Vou dizer que não vale à pena
Quando quiseres me abraçar
Nunca vou poder negar


Só você me faz escrever assim
Só você me deixa feliz assim
E é com você que quero meu fim


Só ao teu lado consigo amar
Só há uma pessoa que quero beijar
Até a minha vida terminar

quarta-feira, janeiro 28

- Me esquece

Teu beijo não tem mais sabor
No inverno, perdestes tua cor
Tudo aquilo que foi bom?
Agora já passou

Tu não te decides
Se quer ou não quer
Se vai ou não vai
Se vai me esquecer
Ou se vai entender (que acabou)

Já passou tudo
Fiz tudo que queria contigo
Agora tchau, adeus

Vai procurar os teus
Se tu não sabes(eu sei)
Se tu não vais(eu vou)
Se tu não me esquece(te esquecí)

E assim eu te ponho um fim.

segunda-feira, janeiro 26

Termina: palavra-por-palavra

Entediado, só, pensando
Praia, você, sol se pôr
Chimarrão, pessoas, carros
Trabalho, viagem, destino
Chegar, proveito, desatino
Fumar, beber, ala hospitalar
Maca, quarto, choro
Dôr, perda, caixão
Velório, adeus, nunca vou voltar

- fake

Algumas coisas não andam certo
E outras estão indo só para trás
Não vejo você mais perto
Do que estava dias atrás


E eu não sei como e quando
Você pode esquecer do que fiz
Mas se achas tão absurdo
Porque ainda tenho que fingir que te escuto?


E se sou tão ruim como pensas
Quanto vale tuas ofensas?
Pois cansei e estou afim de vende-las


Então vê se esquece!
Ou remoa-se sozinha
Porque tenho que viver ainda!

# Preces

Cheio de orações por fazer
Nas coisas que não acredito
Onde perdí a fé em você
Deixei de lado meu juízo


Entre um cigarro e um amor
Pensei que me ia de vez
Na cidade pra trás, deixei um vazio
Que custava a se desprender do meu umbigo


Viajei por campo, pra e nuvens
Sob sol, chuva e desgosto
Tentando apagar teu rosto


Quando ví os mesmos prédios depois de meses
Percebí qie estava de volta para você
Mas se soubesse, até faria uma prece

Antes de você morrer

terça-feira, janeiro 20

- perdí de escrever


A inspiração me vem tão rápido
Que não da para tirar a preguiça
Pra pegar a caneta e escrever
Os versos que na cabeça faço sobre você

O amor sem rancor e o
Sentimento que causa tormento
São só alguns clichês que são perdidos
No instante em que o vento

Afasta o lápis de mim nesse exato momento

quarta-feira, janeiro 7

Você Me Faz

Você me faz
Andar pra trás
Que já não dá mais
E tudo que faço lembra você
Por isso eu digo: vá se fuder!

Então eu vou embora
Sem saber da hora
Pra sair, pra chegar
Pra ficar naquela paz
(...) Somente agora!

Quero liberdade pra
Curtir a minha idade
Andar, sair, caminha por aí
Sem rumo, sem medo
Sem lutar com o desejo
De perder você-e!

Letra por Dane e Yuri