terça-feira, maio 27

A vizinha quando passa

A vizinha sai de casa às 5 horas da tarde com seu vestido grená, a homarada fica toda ouriçada, com as as cadeiras balançando ela vai descendo a ladeira causando o mal estar entre as donas de casa quando os homens, voltando do trabalho se perguntavam:
- Quem é esta mulher meu Deus? QUE RUIVA!
Ninguém na vizinhança sabia dela, se mudara à pouco e intrigava as patroas que, com suas vassouras, coinversavam atrás dos portões:
- Dizem que a vizinha sai de casa todos os dias às 5 da tarde pra se enfurnar em um bar desses moderninhos perto do porto, cheio de músicos fracassados e bohemios tarados!
Já a meninada, nas pausas das empolgantes peladas pelas ruas do bairro ficavam sonhando com as cadeiras insinuantes da vizinha, loucos para botar aquela beira de saia pra rodar no samba, falavam com os olhos brilhando e com o érre puxado e o ésse chiado, típico carioquês:
- Ô, a vizinha? Sai de casa ash 5 horash da tarde pra ir cantarr no samba no centro! Que Mulherr aí!
Era sempre a mesma rotina, a vizinha saía e todos esticavam o pescoço tentando saber pra onde ia, a curiosidade era geral! Qualquer um da vizinhança trocaria a pelotas de couro das crianças pra sabe de aonde vinha e o que ela fazia. E a historia era sempre a mesma, durante alguns anos a misteriosa era sempre o foco das conversas do fim de tarde, mas um dia a vizinha se mudou para outra vizinhança, para ser o desejo de outros vizinhos e mal vista por outras novas patroas, a moça se tornou historia para os netinhos do bairro, muitos anos depois, ouvirem dos avôs com saudades das mulheres de antigamente. Apesar de nunca ter dado mole pra ninguém, sempre teve uma cara alegre e simpatica, que hipnotizava todos! Mas a vizinha se foi, e por um bom tempo continuou a despertar a curiosidade dos novos vizinhos, mas uma coisa é sempre certa, A vizinha sai de casa todos os dias às 5 horas da tarde, e ninguém sabe para onde vai, só vêem o vestidinhjo grená balançar e depois se perder no final da ladeira.

quinta-feira, maio 15

Um mês *.*

Bem, na real esse post não vai ter poema nem nada, eu só quero falar sobre uma coisa que todo mundo quer, poucos conseguem de verdade e ninguém nunca sabe se é real ou não.

Amor! Bem, eu to motivado e escrever sobre isso porque hoje eu estou fazendo um mês de namoro com uma namorada linda, que eu gosto demais!

O amor, é muitas vezes banalizado, todos nós sabemos. Com internet então mais ainda! O que é amor? E porque ele é banalizado? É sempre um ponto de vista, antes de qualquer coisa, eu posso ter uma concepção diferente da de outra pessoa, como pode ser exatamente igual, por mim, amor é simples, amor é respeito, confiança e carinho, um carinho muito grande. Eu estou impressionado com a simplicidade do meu pensamento, porque, tirando as pessoas que banalizam ele, grande parte tem medo dele, tem desconfiança, como eu tinha. Mas hoje eu tenho uma visão diferente, eu conheço a minha namorada a alguns meses, desde Dezembro de 2007, fico com ela há dois meses e alguns dias e namoro a exatamente um. Muitos me chamam de precipitado por dizer isso, que eu não tenho noção, não tenho consciência do que é um “Eu te amo”, mas como não? Eu respeito, confio e adoro minha namorada, o que me impede de dizer isso pra ela? Nada!

Eu estou apaixonado, pelo menos eu tenho quase certeza disso! Cada dia é ótimo, e eu tenho todos os sintomas de um apaixonado inclusive! Aquela coisa que só o casal nesse estado tem, aquele grude, aquela vontade de se ver, aquela saudade dois minutos depois de dar tchau. E só quem não está sentindo isso, não aprecia essa coisa que o casal tem. Acham grudento, e meloso, desprezam até se apaixonarem por alguém que faça-o sentir que aquelas músicas chatas, lentas e românticas tenham sentido. Um viva a paixão! Viva! Um viva ao meu um mês! Viva! Um viva as descobertas dos apaixonados, um viva para a felicidade boba, um viva para o sentimento!
Já tive algumas desilusões amorosas, verdade. Já fiquei muito machucado! Mas ainda aprecio todo esse sentimento, todo o amor que a gente forma por outra pessoa, seja quem for. O que eu escrevi no poema anterior, eu não tinha consciência até terminar ele, mas o amor se refaz! É verdade! É incrível, mas a gente se apaixona, se machuca e depois se apaixona de novo! Agora é o meu de novo, agora é mais uma vez que eu ando pela rua com aquele sorriso estúpido e bobo, agora é, novamente, a minha vez de estar apaixonado e de dizer isso pra essa pessoa. Te amo Thy. Não ontem, nem amanhã, hoje eu te amo, hoje eu te quero, e hoje eu quero que amanhã continue a te querer!

quinta-feira, maio 8

- O amor se refaz.

Com a visão poética dos versos escritos a lápis
Ou dos que tem seu amor sob uma lápide.
Cheios de segundas intenções disfarçadas
Que se escondem entre o quarto e as escadas


Perder um amor é como estar a sete palmos
Os pulmões parecem pequenos e grandes demais
E o coração parece perdido e estilhaçado


Mas quando o encontramos novamente, como hoje
Fazemos as mesmas descobertas e refazemos
Todos os planos que costumávamos não ter de novo
Como se as músicas voltassem a fazer sentido


E o poder de dizer “Te amo” te nos fizesse bem
Do tempo que passamos fumando e bebendo tentado
Achar ou esquecer o novo e o velho alguém


Que está logo ali, naquela esquina ou além.


*Essa historia de amor é um ciclo, se analisarmos. Mas um dia o ciclo acaba, ou a gente ama alguém pro resto da vida, ou não ama mais ninguém.